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Os Search Engines deveriam Seguir os Links Nofollow?

Por Fábio Ricotta

Cada vez mais websites vêm utilizando a tag nofollow como meio de proteção de suas redes de conteúdo, não possibilitando que este conteúdo seja encontrado pelos mecanismos de busca (search engines). Vejamos qual o impacto produzido por este tipo de técnica e algumas soluções para este problema.

Fábio Ricotta

Olá leitores da Agência Mestre!

Acompanhei bem, assim como várias pessoas, a evolução da Web 1.0 para a 2.0, onde criaram-se formas de interação e colaboração do usuário com a web, permitindo cada vez mais poder ao usuário, tornando-o parte do meio e não apenas um espectador. Vimos o surgimento dos blogs, wikis e redes de relacionamento, cada vez com mais pessoas e mais conteúdo.

Mas como sabemos, a Web é um conglomerado de páginas, interligadas por links, que direcionam os usuários entre um conteúdo e outro. Agregado a isto, temos os mecanismos de busca, e seus webcrawlers, que percorrem toda a Web, indexando todo o conteúdo disponível. Quando estes webcrawlers encontram um novo link, ele é adicionado como pendente a ser indexado. Mas, existe uma forma de indicar que um webcrawler não possa seguir aquele link, que é a chamada tag nofollow.

O “nofollow” permite que os webmasters digam aos mecanismos de pesquisa algo do tipo “Não siga links desta página” ou “Não siga este link específico”.

O que está acontecendo, é que muitos websites estão utilizando a tag nofollow em muitos de seus links externos, dificultando a interlinkagem de conteúdo de qualidade. Exemplo disso são os blogs, onde nos comentários, os links para os sites dos autores dos comentários contém a tag nofollow. Um outro exemplo claro é o caso da Wikipedia, que faz nofollow para todos, isto mesmo, todos os links externos da sua rede de páginas. Por fim, podemos ver o exemplo do Twitter, que utiliza-se da mesma “‘tática” da Wikipedia, inserindo a tag nofollow em todos os seus links externos.

A visão do Google

Segundo o Google, existem 3 principais usos da tag nofollow:

  • Conteúdo não confiável, quando o autor do website não confia em links que são inseridos por seus usuários. É o caso clássico da área de comentários de um blog;
  • Links Pagos, o Google sugere que quando se vende links, eles devem conter a tag nofollow para não influenciar nos rankings (no caso o PageRank);
  • Priorização no rastreamento, em caso de páginas desnecessárias, ou sem função para os mecanismos de busca, você pode optar por usar a tag nofollow nestes links.

É importante ressaltar que o Google não segue os links com nofollow, ou seja, não transfere o texto âncora ou do PageRank para esses links.

O Real Problema

Por medo, ou receio, os grandes websites colaborativos, ou os blogs, estão inserindo em seus links externos a tag nofollow, criando um processo de “silo-ing”, onde todo o “juice” fica retido dentro daquele website, não passando nenhuma forma de “confiança” em outro conteúdo na web.

Mas no bom senso, quantos de nós já lemos um artigo na Wikipedia e achamos uma referência que era ruim? Eu nunca encontrei uma referência de baixa qualidade em um artigo consistente na Wikipedia, simplesmente pelo fato de os usuários construírem o conteúdo e manterem apenas referências de qualidade e que sejam relacionadas ao tema.

Agora pense como um search engine e desconsidere a tag nofollow: não seria um grande indicativo um link da Wikipedia para uma outra página, onde ambas as páginas são relevantes para o mesmo conteúdo?

Eu exemplifico: imagine a página de Flores da Wikipedia, que linka para uma página de “tipos raros de flores”. Para o mecanismo de busca, seria uma informação muito valiosa saber que esta página da Wikipedia referencia a página de tipos raros de flores, pois vários usuários repassaram aquele conteúdo e acreditam que ele é extremamente relevante. Ou ainda olhando por outro lado, seria muito importante os search engines saberem que aquela página de “tipos raros de flores” existe.

O mesmo podemos estender para o Twitter:

  • Quantos de nós, enviamos links de baixa qualidade no Twitter? Se você fizer isto, não terá nenhum seguidor que clique neste link de má qualidade;
  • E quantas páginas enviamos e ainda não possuímos links de lugar algum? Como por exemplo, um artigo que você acaba de publicar no seu blog, ou ainda de uma página de testes que você está fazendo.

Agora pense, como a tag nofollow toda a informação de conexão entre as páginas se perde, podendo até chegar no caso extremo, onde a página sequer será indexada por não possuir nenhum link sem nofollow apontando para ela. Este é o real problema.

E então? Os Search Engines deveriam seguir os links nofollow?

Não creio que a solução seja seguir todos os links com nofollow, mas sim, seguir links com nofollow em fontes confiáveis de conteúdo, como Wikipedia ou Twitter, definindo um novo padrão nas buscas.

Outra solução seria a implantação de outras tags de referência, onde você informaria que aquele conteúdo existe, mas você não quer influenciar nos rankings.

Uma solução, o uso de XFN

O XFN (XHTML Friends Network) é uma forma de representar relações humanas através de links. Muito já se utilizou/utiliza em blogs, que foram os grandes utilizadores deste sistema.

Com o uso deste padrão, poderia-se expandir para o uso das idéias de rankings, definindo se você deseja ou não passar linkjuice, mas possibilitando que os search engines encontrassem o conteúdo referenciado.

E você o que acha destas idéias? Possui alguma outra alternativa? Compartilhe-as nos nossos comentários!

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Comentários
  1. Avatar

    Olá Fábio, ótimo artigo…
    Acredito que os bots não devem seguir links com nofollow de maneira alguma, nem quando provindo de fonte de conteúdo confiável, como você citou. Abrir exceções neste caso pode ser muito complicado.
    Acho que se faz sim necessário a criação de uma nova tag para que o link possa ser seguido e indexado mas sem comprometer a fonte.

  2. Avatar

    Concordo e assino em baixo.
    Vou além: Que tal criarmos nosso próprio microformats.
    SEO Format, façamos um site gringo, pedimos autorização e veiculação no microformats org divulgamos pelo mundo a fora e tentamos que a maioria dos SEO’s adotem.

  3. Avatar

    Fabio, bacana essa discussão.
    Pessoalmente acho que alguma coisa tem que mudar, e creio que mudará. Todo remédio, por melhor que seja, quando usado em excesso, é prejudicial. Acredito que num futuro breve o controle estará mais associado a autoridade de um site e menos as tags indicativas e/ou restritivas. Ou seja, autoridade passa e recebe de autoridade e vice-versa.

    Acho que é necessário um pequeno esclarecimento, pois o conteúdo do seu site é uma referência para novatos e experientes também, ou seja, você fala em tag nofollow e isso pode induzir as pessoas a usarem como meta tag no código da página, trazendo efeitos indesejados, quando o correto é falar atributo nofollow ou rel, que deve ser usado no nível do link que se deseja restringir a passagem de pesos.

    Acho muito importante que seja levantada essa discussão sobre o tema nofollow, pois é um remédio que acaba com a essência da Internet e se a comunidade calar, nada mudará.

    Pensei que você estaria aqui: http://www.pordentrodogoogle.com.br
    O cara é bom, muito bom!

    Abraço
    Flávio Raimundo

  4. Avatar

    Talvez seja uma loucura o que vou falar, mas diante da popularização das técnicas de Black Hat SEO buscando a obtenção de pageranks maiores simplesmente usando esta técnica de se criar domínios e confeccionar de SPAM, o Google pode estar mandando um simples recado a todo o mercado: “O pagerank terá sua importância diminuída em nosso algoritmo em pouco tempo!”

    O que me leva a pensar nisso é que cada vez mais o robôs de busca estão cada vez mais aperfeiçoados e estão priorizando a semântica de código, análise de conteúdos, as palavras-chave dentro de cada página, dentre outros já conhecidos.

    De fato, o uso de rel=”nofollow” em links ainda vai gerar muita discussão e especulação, mas precisamos seguir fazendo a nossa parte e não ficar nessa história de otimizar sites para o Google, Yahoo ou qualquer outro, e sim pensar nos nossos clientes e em seu negócio.

    É isso…vamos aguardar as próximas manifestações dos players de busca para saber o que realmente vamos fazer (ou não!).

    Abraço! 😉

  5. Avatar

    Primeiro, quando você diz que o google não segue os links com nofollow esta querendo dizer que não acrescenta “juice” ao site linkado ou que ele literalmente não segue o link para uma possível indexação?

    Se a questão é apenas o juice eu creio que os mecanismos realmente não deveriam repassar juice para páginas que receberam links com a tag nofollow, os sites é que deveriam ter noção da relevância de seus links e passar a não utilizar nofollow nestes.

    O conceito de nofollow existe e é abrangente, não é este conceito que deve mudar para se adequar a 1 ou 2 sites que, por diversos motivos que nem vale falar agora, resolveram utilizar nofollow em seus links externos.

    Agora se quando você diz “não segue links com nofollow” esta querendo dizer que o google nem vai lá para indexar caso seja um novo conteúdo, então a resposta é sim, creio que o google deveria ir lá, fazer o processo de indexação porém não acrescentar o juice repassado pelo site que linkou a página.

  6. Avatar

    Olá,

    Acho que é valido os mecanismos não seguirem o nofollow.

    A sua dica de fontes como Wiki e Twitter seguirem é questionável por se tratar de conteúdo criado por usuários.

    Att,
    Web Master Ariê Perini

  7. Avatar

    Acho que a solução é mesmo criar uma nova tag, ficaria muito complexo o lance de abrir exceções para nofollow.

    Ótimo post, fez com que eu parasse para pensar nisso, daqui algum tempo não teremos mais indicações, todo mundo vai querer ser indicado mas ninguém quer indicar !!!

  8. Avatar

    Acho o nofollow imbecil demais. Se um buscador fosse meu, o nofollow teria o valor de não acrescentar ranking/link juice, mas seguiria a página para indexação – com menos prioridade, mas seguiria.

    Conteúdo que não deva ser indexado de forma alguma poderia usar o robots.txt ou meta tag com noindex,nofollow.

  9. Avatar

    Eu acho que o uso da tag nofollow não deveria impedir do google seguir a página. Deveria impedir do Google dividir o PR com a página.
    É por isso que alguns estudiosos dizem que 80% dos sites da internet não estão indexados.

  10. Avatar

    Parece que o nofollow virou um policial pra quem caça voto pro pagerank… mas tem seu lado negativo. =(

  11. Avatar

    Nofollow está virando uma perturbação.

    Estão usando ele de maneira errada, para “passar a perna” nos concorrentes. Mesmo um concorrente sendo de qualidade não acrescentam link do follow, isso não é problema? Imagine diversos usuário realizando isso e verão o problema serio que será para toda a web.

    Inclusive na Agência Mestre nota-se esse problema. Aplicar link nofollow é uma especialidade do membro Bruno aqui da mestreseo. Vive aplicando em links de qualidade como do seomoz e outros com semelhança a SEO.

    Deveria haver um “filtro”, um algoritmo que avaliará o site que recebeu o nofollow para ver se realmente esse site é um problema ou foi vitima de ganância e inveja, nesse ultimo caso, os algoritmos poderiam “remover” o nofollow e também indexar o conteúdo.

    Isso é Perfeito.

  12. Avatar

    Concordo plenamente no que você escreveu.

    Se todos usarem o “nofollow” nos links esternos, a saúde da internet seria abalada, já que quem teria PageRank, seria somente sites antigos.

    Att,
    Marcos Mota

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