Este é um guest post feito por Eric Santos, que esteve presente o evento e enviou pra gente suas impressões
Há duas semanas participei do Inbound Marketing Summit em Boston, que já está se consolidando como uma das principais referências na discussão sobre Marketing Digital. O evento é capitaneado por algumas das empresas líderes neste mercado, tais como Eloqua, Hubspot, SugarCRM, InfusionSoft, Constant Contact, entre outras.
Este post tem como objetivo compartilhar com vocês, leitores da Agência Mestre, algumas percepções e conclusões que tirei sobre os temas que estavam na pauta da conferência.
Entre a infinidade de assuntos discutidos nas palestras, painéis e sessões em grupo, pude perceber que três assuntos tomaram conta do debate neste ano: o impacto das mídias socias nas ferramentas de busca; a produção de conteúdo em vídeo e a automação e personalização das atividades no meio do Funil de Vendas.
A seguir, falo um pouco mais sobre cada um deles:
Impacto das mídias sociais na busca
Para quem é leitor assíduo desse blog, não é novidade que as atividades nas mídias sociais impactam no ranking das ferramentas de busca, assim como também se sabe que a taxa de cliques nas SERPs é maior quando a página é bem compartilhada.
O que muita gente levantou de novo por lá foi o impacto das mídias sociais na Conversão após o clique. Diversos experimentos mostraram que páginas com muitos Likes, Tweets e +1s apresentam uma taxa de conversão muito maior do que as “normais” – especialmente quando o objetivo da página é geração de Leads ou signups.
De fato não é surpreendente, já que as recomendações – especialmente de amigos – servem como social proof, um dos componentes principais de Landing Pages que convertem bem.
(Para quem quiser saber mais sobre o assunto, fizemos um Webinar recentemente sobre como criar boas Landing Pages)
Falando especialmente sobre as mudanças no algoritmo do Google, palestrantes como o Chris Brogan e Dharmesh Shah também comentaram sobre a importância das pessoas se preocuparem em ter um bom perfil no Google+, já que não são raros os casos em que o Google posiciona os perfis melhor do que sites pessoais.
Lição de casa 1: Como diria Seth Godin, crie conteúdo remarkable. É a única forma de garantir que se espalhe e assim seu site seja beneficiado das evoluções dos algoritmos das ferramentas de busca.
Lição de casa 2: Assegure-se que seu perfil pessoal no Google+ tenha uma boa descrição, incluindo links para outros sites e redes caso você ainda não seja muito ativo lá.
Conteúdo em vídeo
Esse foi outro tema recorrente nas sessões e principalmente nas conversas de corredor. Todo mundo sabe que criar conteúdo é a parte mais importante de Inbound Marketing, mas também admite que é a mais difícil. Inclusive, muitas empresas e agências têm usado freelas ou serviços de marketplaces para contratar a produção de artigos sobre demanda.
É aí que entra o primeiro grande benefício do conteúdo em vídeo: ele é mais fácil e rápido de ser produzido, além de permitir que pessoas com menos tempo (ex. CEOs) ou com menos aptidão para a escrita também possam colaborar na criação de conteúdo. Soma-se a isso o fato que vídeos geram mais engajamento por parte do visitante e tendem a se espalhar mais.
Outro motivo relevante para se apostar no vídeo é o impacto positivo que traz na conversão. Um case bacana apresentado foi o do vídeo na home do site da Sales Genie. Inclusive, vale a pena conferir o vídeo até o final para ver como elementos de interatividade podem ajudar a capturar clientes em diferentes estágios no funil de vendas.
Lição de casa 3: Comece a experimentar. Vale tudo, desde vídeos longos mais completos, passando por slidecasts, webinars, programas periódicos, vídeos curtos com dicas e até vídeos de demonstração de produto.
Como disse o Steve Garfield, provavelmente o celular que você tem no bolso e uma ferramenta de edição simples já são equipamentos suficientes para se começar.
(Mais dicas sobre isso nessa resenha do livro Get Seen feita pelo Miguel Cavalcanti)
Atividades no meio do Funil de Vendas
Para fechar o post, esse foi o tema que mais tomou conta da conferência. Muitos foram categóricos em afirmar que aqui é a próxima fronteira que vai permitir novos ganhos de escala nos resultados com Inbound Marketing.
Se com um bom “Inbound Marketing 1.0” as empresas conseguem atrair prospects através de blogs, SEO e mídias sociais (ou mesmo Adwords), e depois também conseguem converter grande parte desses visitantes em Leads, a questão que ainda está em aberto é: o que fazer e como aproveitar melhor esses Leads gerados?
Essas atividades de meio de funil passam por dois pontos principais: personalização e automação.
Na personalização, o desafio maior é replicar a experiência de sites como Amazon e Netflix – que têm um poder de aprender com o usuário e apresentar conteúdo e produtos relevantes para a sua necessidade específica.
Já na automação, o desafio é escalar esse processo. Como projetar e configurar fluxos de ativação e nutrição de diferentes Leads e Clientes para garantir que eles comprem, recomprem e recomendem seu produto/serviço, tudo isso sem “queimar o canal”.
Lição de casa 4: Garanta pelo menos o básico de “meio do funil” no seu site: tenha diferente ofertas para converter os visitantes do seu site em Leads e garanta que eles recebam emails periódicos com informações e conteúdos complementares e relevantes. Manter os Leads e Clientes “quentes” é o primeiro passo na tarefa de personalizar e automatizar as atividades de nutrição do funil de vendas.
(Para quem quiser saber mais sobre esses assuntos, farei nos próximos dias no nosso blog de Marketing Digital uma série de posts com algumas notas e materiais adicionais das palestras principais da conferência.)
Sobre o Autor
Eric Santos é Engenheiro de Controle e Automação formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Nos últimos dez anos, dirigiu Startups e criou produtos nas áreas de Internet e mobile, em empresas no Brasil, Estados Unidos e Índia.
Mais recentemente, é co-fundador e CEO da Resultados Digitais, plataforma de Marketing Digital para Médias e Pequenas Empresas.
Além de tudo isso que foi relatado no post acima, é necessário educar.
Grande parte das empresas de pequeno e médio porte desprezam o uso de CRM. Não entendem que é um ativo da empresa. Acreditam, infelizmente, que é perda de tempo usá-lo, ou é difícil, ou mesmo que sua equipe comercial poderia estar vendendo mais ao invés de “preencher dados num sistema”.
Quando alguém dessa mesma equipe comercial, responsável por algo em torno de 20% do faturamento de uma empresa muda de emprego e leva essa carteira de clientes embora, não sabem o que fizeram de errado, como puderam perder tanto assim num piscar de olhos.
Sim, porque até então se acreditava que os clientes eram da empresa. As pessoas, e isso é típico do ser humano – tendem a acreditar que se tem alguém tomando conta de algo, está tudo bem. Imaginem um diretor comercial que tem pouco contato com os clientes, raramente sai a campo, não conhece os representantes a não ser em reuniões anuais ou ocasionais etc. Um gerente de negócios que tem uma carteira de clientes chave e um ótimo relacionamento com estes.
Na pior das hipóteses, esses dados – comportamentais inclusive, deveriam estar num CRM.
Dá pra imaginar o estrago.
Marketing Automation? Temos mostrado para vários clientes de áreas próximas (Tecnologia e Serviços) e as pessoas ficam boaquiabertas com o que sistemas como Hubspot, Eloqua e em especial nosso representado, a Pardot, pode fazer por eles. Estão, de maneira vagarosa, saboreando a ideia e se convencendo que daqui para frente, Marketing é isso. Hurray!
Mas a grande maioria do mercado, sem nem saber o que é “LEAD”, ainda precisa ser educada gradualmente. SEO é parte do processo, e me digam vocês da Mestre, se não é complicado educar o mercado. Ah, se é.
Abs a todos,
Para conseguirmos entregar o que o Inbound Marketing promete,
Na verdade existe muitas informações ,porém são tantas as manobras de passar as informações que acaba confundindo.