Se você tem uma loja virtual, sabe que os números de conversão são a chave do sucesso, certo? Mas, como fazer com que toda pessoa que entra no seu site realize uma compra ou, por exemplo, baixe um e-book? Uma das grandes soluções é o CRO. Já ouviu falar sobre isso? Se ainda não, fique tranquilo, pois vamos te explicar tudo neste artigo. Confira!
Afinal, o que é CRO?
CRO (Conversion Rate Optimization) pode ser traduzido como Otimização da Taxa de Conversão. Na prática, trata-se de uma espécie de ciência que analisa os dados e toda a estrutura dos sites. O objetivo é entender falhas e apontar melhorias que impactem na experiência do usuário e, consequentemente, no aumento da taxa de conversão.
Como é feito o trabalho de CRO?
Faz parte do dia a dia do profissional de CRO:
- coletar dados;
- fazer análises;
- levantar hipóteses;
- realizar pesquisas com os clientes;
- identificar problemas;
- gerar testes;
- reportar resultados;
- apontar soluções.
Ferramentas para estudos e análises
Como o CRO é uma espécie de ciência, todo o tipo de estudo e insights precisam ser baseados em pontos concretos e, claro, ser comprovados. Para isso, o uso de algumas ferramentas são extremamente importantes.
Primeiramente, a “consulta médica” do site pode ser feita, por exemplo, no Google Analytics. Lá dentro, a conversão e a taxa de rejeição indicam os sintomas e, assim, o que é preciso melhorar. Em seguida, vem a etapa da “realização de exames” que compreende em análises da página virtual, ou seja, é a investigação dos problemas.
O próximo passo é dar um diagnóstico e “receitar os remédios” para melhorar a saúde do site. Mas não basta só “passar as medicações”, é necessário também prestar atenção se a melhoria acontece ou não.
A propósito, dá para analisar tudo o que acontece nas páginas virtuais no exato momento em que os usuários navegam. Isso é possível por meio do Hotjar, uma ferramenta que faz gravações de tela.
Heurística — Conheça uma das principais metodologias
Agora que você já sabe o que é CRO, vamos falar de uma das metodologias mais eficientes para melhorar a taxa de conversão de um site: a Heurística.
Este método, baseado em listas, serve para identificar problemas. As dez Heurísticas de Jakob Nielsen é uma das metodologias mais famosas e recomendadas para avaliar e melhorar o UX (User Experience). Os dez pontos são os seguintes:
1. visibilidade do status do sistema (o usuário precisa sempre saber em que “momento” da navegação do site ele está e para onde será levado);
2. correspondência entre o sistema e o mundo real (basicamente, é toda a comunicação da página virtual: textos, imagens, botões, etc. O foco é estabelecer informações que sejam facilmente interpretadas pelos internautas);
3. controle do usuário e liberdade (é a possibilidade, por exemplo, de na hora de fechar uma compra, o cliente sair da página de pagamento para editar informações da página de endereço e CEP);
4. consistência e uso de padrões (como o próprio termo adianta, é necessário criar padronizações de todas as informações e funções para não confundir o usuário);
5. prevenção de erros (o sistema do site também deve evitar e corrigir possíveis erros durante a jornada de conversão);
6. reconhecimento ao invés de recordação (o ideal é que o usuário não precise lembrar detalhadamente de todos os dados, mas que identifique os padrões);
7. flexibilidade e experiência de uso (a página on-line precisa ser simples e objetiva para pessoas de todos os níveis de conhecimento digital);
8. design estético e minimalista (aqui entra aquela velha história de “menos é mais”, ou seja, não encha a página de informações desnecessárias. Uma compra, por exemplo, deve ser possível com poucos cliques);
9. ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e corrigir os erros (na página de check out de compra, por exemplo, se o CEP for digitado erroneamente, o ideal é apontar isso e mostrar a opção “não sei meu CEP”).
10. ajuda e documentação (caso necessário, o usuário precisa encontrar respostas e soluções no próprio site, sem precisar recorrer a outras pesquisas).
Teste A/B
O teste A/B é um dos mais utilizados por especialistas de CRO e de outras áreas do marketing digital. O experimento pode ser aplicado com duas condições: A e B. Então, por exemplo, imagina que um profissional de CRO identifica a necessidade de alterar o layout de um site.
Mas, antes de colocar a reformulação no ar, o ideal é pegar a página que já está em funcionamento (A) Vs. páginas novas que serão testadas (B). O objetivo é verificar como cada página performa. Vale destacar que o teste A/B pode ser aplicado em elementos mínimos e máximos de um site, entre tantos outros:
- botões;
- carrinho de compras;
- títulos e subtítulos (copywrite);
- página de checkout;
- imagens ou vídeos;
O próprio Google Analytics pode ser usado para os testes A/B. Procure experimentar um elemento por vez. Então, se você quer saber qual o melhor botão para compra, primeiramente, teste a cor e, depois, o texto.
Habilidades necessárias para o profissional de CRO
Por fim, vale ainda ressaltar que é importante que o especialista de CRO tenha boa noção de números e dados, seja curioso — disposto sempre a encontrar lacunas e pensar fora da caixa para propor soluções. Além disso, é crucial exercer a empatia, realmente se colocar no lugar do usuário para entender as necessidades.
Gostou de saber o que é CRO? Aproveite para conhecer outras informações sobre negócios digitais aqui no blog da Agência Mestre!