Olá! Bem-vindo a mais um episódio do Mestre TV! Hoje, o Ricotta vai tratar sobre algo que talvez você não saiba: existem empresas que vendem seus dados de navegação da web.
Mas, como assim? Confere que a gente te explica tudo neste artigo!
Empresas que vendem seus dados — Caso Avast
Existe algo que está acontecendo no mercado americano que pode ser comparado a uma verdadeira guerra de dados. Há algumas empresas que vendem seus dados de maneira não muito confiável.
Um dos exemplos disso é o Antivírus Avast. Se você já usou ou se cadastrou nesta ferramenta, provavelmente os seus dados de navegação foram vendidos para uma subsidiária desta empresa, chamada Jumpshot.
Esse assunto foi muito quente nos Estados Unidos, e para entendermos melhor o acontecimento, vamos conversar sobre como acontece esse processo!
Como funciona a venda de dados?
Primeiramente, você tem pessoas navegando na internet, que possuem um comportamento de consumo e fornecem informação sobre si mesmas.
Empresas que estão na web, como Microsoft, Amazon, Google e Apple, estão constantemente trocando informações com os usuários por meio de seus servidores. Porém, não necessariamente essas empresas conseguem acessar os seus dados de forma direta.
No caso do Avast, entre outras empresas que vendem seus dados, elas fazem a captação de informação por meio da instalação de um software por parte do usuário — seja uma extensão do navegador ou um programa em seu computador.
Por isso, ao fazer o download é preciso que você esteja atento, leia os termos de uso e as regras de compartilhamento de dados.
Por que no Avast, por exemplo, há uma cláusula que pergunta se a empresa pode usar as suas informações. Se você concordar, quer dizer que a empresa vai salvar em um banco de dados todo o seu histórico de navegação.
Porém, há uma seguinte condição, o programa vai descaracterizar a sua identidade pessoal, e você não poderá ser identificado como pessoa.
No entanto, em alguns destes escândalos com grandes empresas, uma companhia fez uma regressão nos dados e conseguiu identificar algumas variáveis que não deveriam estar acessíveis, como idade, sexo e localização aproximada das pessoas sendo avaliadas pelos softwares.
Por conta destes problemas, o Avast decidiu não somente ajustar a sua política, mas fechar essa empresa subsidiária.
Mas, por que decidimos tocar neste tema? Pelo motivo de que essa empresa, a Jumpshot, tem um vasto banco de dados que é utilizado por gigantes da tecnologia para descobrir informações importantes para SEO, como os níveis de interesse dos usuários em determinado assunto.
E assim, seria bem fácil monitorar interesses das pessoas e montar personas baseadas nestas informações. Enquanto a maioria das agências de marketing precisam fazer pesquisas, no painel da Jumpshot você teria acesso a informação de maneira mais prática e assertiva.
Outras empresas que capturam dados — provedores de internet
A grande questão é, será que outras empresas e softwares de antivírus estão usando também as suas informações? Ou entregando esses dados para outros mercados?
Na opinião do Ricotta, a guerra dos dados está só começando. E esse problema não é recente. Há anos empresas vendem seus dados sem precisar que você instale um software específico.
Isso porque existem negociações entre empresas provedoras de internet para passar suas informações para as empresas que vendem seus dados diretamente. E as fornecedoras da web (Internet Service Provider — ISP) sabem tudo o que você acessa em termos de tráfego na internet.
Então, essas empresas capturam as informações direto na fonte — o usuário — e fornecem a um banco de dados.
Se você não leu os termos da sua provedora na internet, possivelmente pode encontrar neste documento que seus dados estão sendo compartilhados anonimamente.
Ou seja, você está alimentando um banco de dados, que consequentemente, repassa para outras empresas.
O que fazer no dia a dia para se proteger?
Para resguardar seus dados, tome cuidado com o que você instala em seu computador, os joguinhos que habilita no smartphone e conecta com o Facebook e outros programas.
Um exemplo bem claro disso foi um aplicativo que ficou bem conhecido por pegar uma foto sua, e transformar seu rosto para uma versão mais velha.
Esse programa de celular levava seus dados a um servidor externo, mas os usuários provavelmente não sabem disso, por não leram os termos.
Esse aplicativo tem um dos maiores acervos de rostos do mundo, maior inclusive que organizações como CIA e FBI!
Esse banco de dados pode usar essas fotos, por exemplo, para reconhecer rostos e vender informações para empresas que trabalham com estética. Assim, elas podem segmentar o público para o melhor tratamento de beleza para cada lugar do mundo. Já imaginou?
Então fique alerta! Até o Google monitora todas as suas pesquisas por voz, localização e buscas. Quem tem Iphone, particularmente, sempre percebe que ao mencionar algum termo, acaba sendo impactado por publicidade relacionada.
Pode parecer teoria da conspiração, mas um fato, é que os próximos anos o público terá que embarcar em grandes brigas por privacidade. Então, cuidado com suas informações. Elas são só suas!
Gostou de conhecer sobre esse assunto? O blog da Mestre está ainda mais recheado de conteúdo relevante sobre marketing digital para você conferir. Acompanhe!