Quando se fala em Googlebomb, é bem provável que todos consigam se lembrar de mais de um exemplo deste fenômeno, sempre envolvendo personalidades ou entidades:
- Chuck Norris
- Presidente Lula
- Senado
- George W. Bush, ex-Presidente dos EUA
- Outros
Mas como um Googlebomb acontece? E, também interessante, como essa bomba é desarmada?
O que é um Google Bomb?
Googlebomb é uma manipulação do conjunto de resultados de uma determinada busca de modo a colocar um resultado na primeira posição no termo utilizado nesta busca. Geralmente, o termo não é de grande concorrência e um pequeno grupo de links já consegue posicionar um resultado em primeiro.
Os termos linkbomb e Inkitomibomb também se referem a este fenômeno, já que não somente a search engine do Google pode ser afetada por esta manipulação, mas a primeira posição no Google é sempre o objetivo principal, então o termo Googlebomb ficou mais conhecido.
Até aí, nada de mais, certo? O problema é que o Googlebomb costuma representar uma crítica ao site que ocupa a primeira posição e, por isso, ganhou este nome e ganhou atenção do Google e dos internautas.
Histórico do Google Bomb
O primeiro caso famoso foi com a busca “miserable failure” (algo como “fracasso absoluto”) no Google.com, que tinha como primeira e segunda posição resultados envolvendo o ex-presidente dos EUA, George W. Bush.
O objetivo foi fazer uma crítica e o posicionamento inicial do Google foi de não conter a brincadeira. A empresa afirmou que os seus resultados são reflexo da opinião de seus usuários, seja para o bem ou para o pior e, portanto, não fazia sentido alterar esses resultados. Ainda, o resultado não prejudicava ninguém, uma vez que a palavra-chave não interessava para ninguém, como na maioria dos casos de Googlebomb.
Este posicionamento somente mudou porque as pessoas começaram a interpretar esta, e outras bombas, como sendo a opinião do próprio Google, como se ele estivesse sendo parcial, favorecendo ou desfavorecendo partes. Para evitar este problema, a Search Engine foi aprimorada e ganhou novos agoritmos de detecção e desarme de bombas.
Como Fazer um Google Bomb?
Para armar esta bomba, basta abusar de um dos principais fatores de rankeamento utilizado pelo Google: o link. Escolha um alvo, determine um termo a ser usado como texto âncora do link e convença outras pessoas a repetirem o link em seus sites. Quanto mais competitivo o texto âncora, mais links serão necessários.
Mas justamente um dos fatores de sucesso do Googlebombing é a escolha de palavras de baixa competitividade, assim, “poucos” links conseguem promover o site destino à primeira posição. Funciona assim:
Como o Google Detecta e Desarma?
Claro que a maneira como estes algoritmos funcionam não é divulgada (seria um miserable #fail), pois facilitaria o processo de descobrir como fazer o Googlebomb funcionar e até mesmo como funciona o rankeamento por links no Google.
Mesmo assim, em seu blog, Matt Cutts explicou como são os processos de detecção e desarme de bombas. De fato, existem dois algoritmos separados, um para detecção e outro para desarme.
O algoritmo de detecção é pesado, utiliza toda a base de dados do Google e, por isso, somente é executado algumas vezes por ano. Já o algoritmo de desarme roda constantemente, pois utiliza menos dados de uma única vez, portanto, consome menos recuros e é possível mantê-lo sempre em andamento.
O resultado final disso é que o usuário encontra menos bombas em suas buscas, assim afirma Matt Cutts.
E o que acontece depois do desarme? O resultado que foi “vítima” da bomba tem esses links descontados e perde sua capacidade de ranking no termo associado, enquanto toda a discussão que o Googlebomb gerou começa a rankear em seu lugar.
Dúvidas, exemplos e opiniões sobre Googlebombing? Deixe um comentário! Até a próxima!
Excelente artigo, excelente e perigoso hehehe.
Ainda vou experimentar fazer uma bomba destas 😛
Bom Artigo 😉
Muito bem explicado, tenho um exemplo recente e interessante.
Quando procuramos apenas por ‘mentiroso’ no Google, retorna em primeiro lugar a página do wikipedia sobre o LULA: ‘pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Inácio_Lula_da_Silva’
Deem uma olhada lá…
Parabéns Frank,
@brunoscarcella
Estva bem perdido em relação á esse assunto. Vc tirou de letra explicou tudo muito bem e de uma forma clara e objetiva. Parabéns
xanguinho
Muito interessante esta ferramenta…
Obrigado pelo repasse de conhecimento.
Abraços Frank.
Legal, mais não entendi muito bem o que acontece com o site “x”, por exemplo, fizeram a bomba para o site “x”, o google descobriu e arranca ele dakele termo pesquisado, certo?
Mas e o site “X” recebe alguma punição por causa da bomba? e os sites que geraram esses links para ele, recebe alguma punição?
Falou tanto em bomba e esqueceu da maior bomba que é a Preta Gil. Ele tentou processar o Google, mas não sei o que deu, só porque associaram Preta Gil com Atriz Gorda.
As atrizes gordas que devem ter ficado ofendidas.
Google bomb…
Realmente é uma ferramenta “do bem” (seo) usada para o Mal… será que os sites que fazem o Bomb, uma vez que o Google reconhece a “pegadinha” sofrem penalidade???
Digitem no Bing, ao digitar a palavra merda aparece a xuxa como primeiro resultado seria um Bing Bomb???
Ah… excelente post
Abraços
Felipe Siqueira
http://www.otimizeja.com.br
@todos: valeu pelos comments pessoal!
@Leonardo: o site X não tem nenhuma relação com a kwdbomb, ou seja, antes de fazerem o linkbomb, o site X não rankeava para o termo, então, isso volta a ser como antes. Até hoje, nunca soube de punição para os sites que fazem os links, não acredito que exista. Neste ponto, deve ficar a visão inicial do Google – os usuários linkam para onde desejam.
Aquela brincadeira de pesquisar “Presidente analfabeto” (Lula) e “Atriz gorda” (Preta Gil)é googlebomb ?
São exemplos de Googlebomb sim, Guilherme.
Bacana, isso realmente pode ser usado para o bem o para o mau…
Se for usado a favor (para o bem) não seria considerado blackhat ?
É verdade, Alexandre. Um mesmo Google Bomb serve tanto para o bem, quanto para o mal. Depende de como você analisa.
@Guilherme: acho que o problema é que bem e mal são conceitos relativos. O bem de um pode ser o mal do outro – e aí? Qual parte tomar?
E Google Bomb esbarra no conceito de Link Farm, que é Black Hat, então, pode-se dizer que ele quebra as guidelines do Google, assim, o Google toma uma atitude contra.
Frank
Bem interessante, mas essa manipulação de resultados podem prejudicar o pagerank de um site ou blog?
Um Abraço
Roberto
Roberto, eu não conheço nenhum caso de punição por fazer linkbomb. Acho que essa parte o Google pode levar na esportiva, já que o posicionamento oficial não era nem o de desarmar a bomba.
Entendi, obrigado pelas explicações Frank
Frank, ótimo artigo!
Na verdade eu já abordei em meu blog um conceito parecido com este, mas como uma técnica de SEO: dependendo do título de seus posts e de como você os aborda, muitos outros blogueiros podem linkar palavras-chave que você busque otimizar para as buscas, melhorando essa otimização naturalmente, não é mesmo?
Então o Google Bomb é como o “lado mau” disso, né?
Abração e sucesso!
@Leonardo: volte sempre!
@Alan: é mais ou menos isso mesmo. No caso, isso que você descreveu vai para o lado de Link Bait – que é bem válido.
O Googlebomb é mais específico para a situação em que um site rankeia para “keywords negativas” a contra-gosto.
É praticamente o inverso, mas o site não toma iniciativa nenhuma, simplesmente acontece o linkbomb em cima dele.
@todos: valeu pelos comments pessoal!
caraca muito bom isso nao sabia que existia isso parabens pelo artigo..
Ficou bem legal a explicação, super clára!! Parabéns pelo post Marcel. Dale bombs!
Alguém aí já viu algum resultado de bombs no bing?
Sérgio, nunca soube de um linkbomb no Bing (ou Live ou MSN) – o que corrobora com o fato de o termo popular ser Googlebomb, e não Yahoobomb ou Bing/MSN/Livebomb. Acho que ninguém nunca se interessou em linkbomb de outras search engines.
Sempre achei muito interessante este tema Google Bomb.
Fico imaginando quais os critérios utilizados para detectar um Google Bomb.
Por exemplo, não acho que o excesso de link com a mesma tag anchor seja um deles. Pelo menos não isoladamente.
Acho que os algoritmos levam em consideração a adequação e relevância das âncoras com o conteúdo da página linkada.
Aí sim faria sentido, pois geralmente nos Google Bombs utilizam âncoras irrelevantes ao conteúdo da página, veja exemplos do “mentiroso” para o Lula no Wikipedia, “atriz gorda” para o site da Preta Gil e outros.
Obviamente em nenhum destes exemplo o conteúdo se refere ou é relacionado aos termos das âncoras. Talvez seja esse um forte critério na detecção de Google Bombs, a dessintonia entre a tag anchor do link e o conteúdo da página linkada.
Excelente artigo!
Parabéns.
Olá Marcos!
Com certeza os engenheiros do Google pensaram por esse lado também. Vale lembrar que é importante considerar também o fator “falso positivo” – algo que pode parecer um Googlebomb, mas não é.
Bom, isso é trabalho pra eles, mas a reflexão é interessante!
Valeu pelo comment e pelo elogio!
Não sei se é resultado de “BingBong”, mas se você digitar “Merda” no Bing vai aparecer o site da Xuxa em primeiro lugar…
No lançamento do Bing, quando você fazia uma busca no serviço por “merda”, o primeiro resultado era o site da Xuxa…
Até hoje continua funcionando: http://www.bing.com/search?q=merda 😛
Abraço!
Bacana… links do site terra é possivel manipula-los.
Muito bom! Parabéns pelo post Marcel, o bing funciona assim também? abraço…
Olá Frank!
Estava buscando algumas informação sobre o tema do post e esbarrei em uma duvida. Utilizo site em wordpress e uso um plugin que define palavras chaves nos texto e encaminha para determinadas páginas, mas é tudo interno (Automatic SEO Links) ! Pode ser considerado google bomb?
Obrigada!
Oi Karine, neste caso não. Mas essa “super otimização” de links internos pode ter efeito contrário.
Não conheço o funcionamento deste plugin, mas repetir o mesmo link (texto âncora e URL de destino) toda vez não é a melhor saída. É bom variar e aproveitar as long tails.