De acordo com a Parse.ly, uma empresa especializada em plataforma de analytics para conteúdo, o Facebook passou o Google em tráfego de referência (38,2 porcento a 35,2 porcento), ou seja, o Facebook envia mais tráfego para os sites monitorados pela Parse.ly do que o Google.
Esta é a segunda vez na história que acontece, pois o mesmo fato já havia acontecido no ano passado, em Outubro, quando os dois sites praticamente enviavam o mesmo tráfego para a rede de sites monitorada pelo Parse.ly.
Mas quais sites são observados?
A minha primeira indagação sobre os dados era sobre quais sites o Parse.ly monitorava. Eles são responsável por monitorar o tráfego em sites gigantes americanos, e mencionam que neste relatório, avaliaram dados de mais de 400 clientes, incluindo sites/grupos como Fox News, Telegraph Media Group, Mashable, Business Insider, Condé Nast, The Atlantic e Reuters.
Ainda segundo a Parse.ly, seus clientes, recebem mais de seis bilhões de page views por mês e um bilhão de visitantes únicos por mês, deixando-os confortáveis em afirmar que a amostra de dados é boa para afirmar este resultado.
E os outros sites de referência?
O relatório ainda mostra uma visão mais geral de todos os sites que enviam tráfego para a rede de sites monitorada pela Parse.ly:
Podemos notar nesta visão que as redes sociais, como Facebook e Twitter, enviam uma boa parcela de tráfego para os sites, somando um total de 43% de tráfego de referência para sites de mídias sociais. Já sites de busca, enviam 38% para os sites monitorados.
O Facebook irá ficar acima do Google?
Algo que chama muita a atenção, tanto do Google quanto do Facebook, são os contínuos esforços em manter o usuário dentro do seu ecossistema, como por exemplo, a recente força do Facebook em oferecer vídeos dentro da sua plataforma:
Podemos ainda ressaltar a tentativa de hospedagem de conteúdo dentro da sua plataforma também, os chamados “Instant Articles”:
Já o Google, possui cada vez mais resultados seus dentro do próprio TOP 10, tal como o knowledge graph:
Ou ainda as respostas diretas que sua plataforma já oferece:
Movimentos como estes, de ambos os lados, fazem com que o usuário permaneça dentro do ecossistema destas gigantes e continue navegando, tornando mais difícil saber se o interesse é enviar o visitante para sites externos, ganhando confiança dos webmasters e organizações ou se o interesse é manter o usuário dentro do seu ecossistema, alimentando-o de vez em quando a sair da plataforma. É um desafio e tanto para estas plataformas!
Existe uma diferença enorme na forma como atuam Facebook e Google. O Google rastreia o conteúdo da internet para entregar resultados e respostas, o Facebook depende do compartilhamento de conteúdo externo por seus usuários, desta forma entendo que se um site não tem atividade social, não terá acesso de referência do Facebook e/ou serão acessos pontuais quando houver atividade social.
Enquanto os acessos com referência Google (motores de busca) poderão ocorrer ao longo do tempo, isso levando em consideração o interesse do usuário.